Prefeitura peruana perde R$7.5 milhões em golpe sofisticado de impersonação bancária

Uma prefeitura peruana foi vítima de um cibergolpe coordenado que drenou R$7.5 milhões de suas contas através de um esquema sofisticado de impersonação bancária. O alvo foi o governo distrital de Yura na província de Arequipa, onde criminosos se passaram por funcionários do Banco de la Nación, o banco nacional do Peru.

O ataque começou com táticas avançadas de engenharia social. Os criminosos contataram funcionários municipais apresentando credenciais convincentes como representantes bancários. Relatos indicam que solicitaram informações confidenciais de contas e dados de autenticação sob o pretexto de realizar 'atualizações de segurança' ou 'procedimentos de manutenção de contas'.

Após obterem acesso, os invasores executaram uma série de transações rápidas que transferiram o equivalente a 1.5 milhões de soles peruanos (aproximadamente R$7.5 milhões) das contas municipais em questão de minutos. A velocidade e precisão da operação sugerem que os criminosos tinham conhecimento detalhado tanto dos procedimentos bancários quanto das operações financeiras municipais.

Este caso expõe várias questões críticas de segurança:

1. A vulnerabilidade de entidades públicas a ataques sofisticados de engenharia social
2. A crescente profissionalização de golpes de impersonação bancária
3. A necessidade de protocolos de autenticação mais robustos para transações de alto valor
4. A importância de treinar funcionários para reconhecer tentativas avançadas de phishing

Especialistas em cibersegurança observam que ataques contra sistemas financeiros governamentais têm se tornado mais frequentes na América Latina, explorando infraestruturas de segurança muitas vezes defasadas e conhecimento limitado sobre segurança digital entre funcionários públicos. O caso de Yura representa um dos maiores cibergolpes contra uma prefeitura na história recente do Peru.

As autoridades investigam se o ataque envolveu conhecimento interno das operações municipais. O caso levou a pedidos por controles financeiros mais rígidos e treinamento obrigatório em cibersegurança para todos os funcionários públicos que lidam com informações financeiras sensíveis.