O Reino Unido enfrenta uma crise de saúde digital enquanto autoridades de cibersegurança descobrem mais de 5.000 sites falsos de farmácias operando em seu território. Essas operações sofisticadas vendem medicamentos mal rotulados, substâncias não regulamentadas e, em alguns casos, compostos perigosos para consumidores desavisados.
Análises técnicas revelam que essas farmácias falsas usam múltiplas camadas de engano. Muitas utilizam certificados SSL e designs profissionais para parecer legítimas, enquanto outras falsificam selos de segurança de órgãos reguladores. Algumas até implementam sistemas falsos de verificação de receitas.
Especialistas identificaram padrões preocupantes:
- Técnicas avançadas de phishing: Alguns sites geram alertas de segurança falsos
- Geotargeting: Conteúdo e preços são ajustados conforme a localização
- Redirecionamento de pagamentos: Transações passam por múltiplos intermediários
A Agência Reguladora de Medicamentos (MHRA) reporta aumento de 300% em sites falsos desde 2020. Muitos vendem substâncias controladas como opioides sem supervisão médica.
'Não são operações amadoras', explica a Dra. Elena Vasquez, especialista em cibersegurança. 'Vemos redes profissionais usando modelos de dropshipping farmacêutico e até equipes de atendimento ao cliente.'
Os riscos vão além do consumidor. Muitos sites distribuem malware e coletam dados. Foram identificadas injeções de JavaScript que escaneiam vulnerabilidades.
Estratégias de proteção incluem:
- Verificar idade do domínio (a maioria tem <6 meses)
- Checar endereços físicos e telefones fixos
- Validar certificações com órgãos oficiais
- Usar serviços de verificação como o portal 'Buy Safely' do NHS
Enquanto reguladores tentam controlar esses sites, especialistas destacam a necessidade de ação internacional coordenada e maior conscientização sobre riscos digitais em saúde.
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