O setor de seguros está diante do que analistas chamam de 'nova realidade de mercado', com as mudanças climáticas causando perdas recordes devido a eventos extremos. Dados do setor mostram que o primeiro semestre de 2025 já é o período mais custoso para seguradoras desde 2011, com incêndios florestais, tornados e tempestades de granizo causando danos sem precedentes à infraestrutura física.
Para profissionais de cibersegurança, essa tendência traz desafios que vão além do planejamento tradicional de recuperação de desastres. A crescente frequência e severidade de catástrofes climáticas estão criando novos vetores de ataque à medida que sistemas críticos ficam fisicamente comprometidos. Subestações, data centers e hubs de comunicação danificados por eventos extremos criam vulnerabilidades temporárias - porém críticas - que criminosos cibernéticos podem explorar.
Três implicações principais estão surgindo:
- Fragmentação de Infraestrutura: Quando sistemas primários falham devido a eventos climáticos, organizações frequentemente implementam soluções temporárias com configurações de segurança mais frágeis, criando novas portas de entrada para invasores.
- Disrupções na Cadeia de Suprimentos: Danos físicos a redes de manufatura e logística estão atrasando substituições de hardware de segurança e atualizações de software, deixando sistemas vulneráveis por períodos prolongados.
- Aumento de Engenharia Social: Cibercriminosos estão explorando o caos pós-desastre com campanhas de phishing que se passam por organizações de ajuda ou seguradoras.
As seguradoras estão respondendo com novos modelos de risco climático-cibernético que consideram essas ameaças interconectadas. Algumas agora exigem que clientes implementem medidas específicas de resiliência, como backups distribuídos geograficamente e segurança física resistente a intempéries para sistemas críticos.
A comunidade de cibersegurança precisa se adaptar:
- Incluindo riscos climáticos em avaliações de vulnerabilidade
- Desenvolvendo planos de resposta a incidentes que considerem condições meteorológicas
- Promovendo padrões mais rígidos para infraestruturas físicas
Como destacou um analista do setor: 'Não estamos vendo apenas mais desastres, mas uma mudança fundamental em como precisamos pensar sobre as interdependências entre riscos físicos e digitais.' Essa convergência entre ameaças climáticas e cibernéticas deve redefinir estratégias de segurança corporativa nos próximos anos.
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