A Tailândia lançou uma iniciativa inovadora que permitirá turistas estrangeiros converterem criptomoedas diretamente para baht tailandês, posicionando-se como pioneira em turismo cripto. Embora a medida prometa agilizar pagamentos digitais para visitantes, profissionais de cibersegurança alertam para riscos sistêmicos envolvidos na conversão em massa de cripto para moeda local.
O programa, atualmente em fase sandbox, permitirá que exchanges e instituições financeiras aprovadas convertam criptomoedas como Bitcoin e Ethereum para moeda local em áreas turísticas designadas. A Autoridade de Turismo da Tailândia projeta que isso pode atrair 2 milhões adicionais de nômades digitais e entusiastas de cripto anualmente.
Preocupações de segurança na implementação:
- Riscos de burla KYC/AML: Diferente de transações forex tradicionais, conversões cripto podem permitir contornar processos rígidos de verificação de identidade através de exchanges descentralizadas ou moedas de privacidade.
- Lacunas no monitoramento: Rastrear conversões cripto em tempo real apresenta desafios técnicos, criando possíveis pontos cegos na fiscalização contra lavagem de dinheiro.
- Vulnerabilidades em carteiras: O sistema de pagamentos digitais 'Carteira do Turista' pode se tornar alvo de ataques SIM-swapping e campanhas de phishing.
- Segurança das corretoras: Brechas anteriores em exchanges tailandesas (como o hack de US$24M na Bitkub em 2021) destacam vulnerabilidades na infraestrutura.
O Banco da Tailândia implementou um lançamento gradual com limites de transação (inicialmente 50.000 baht/US$1.400 diários) e verificação obrigatória de carteiras. Porém, analistas apontam que redes criminosas podem explorar o sistema através de:
- Transações estruturadas abaixo de limites de relatório
- Uso de criptomoedas focadas em privacidade
- Identidades turísticas comprometidas
Especialistas sugerem que a abordagem tailandesa pode se tornar um caso de estudo para outras economias dependentes do turismo, desde que medidas de segurança evoluam junto com a adoção. Os próximos meses serão cruciais para avaliar se o ambiente sandbox consegue identificar e mitigar ameaças emergentes antes da implementação total.
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