Uma nova onda de ataques direcionados contra infraestruturas energéticas críticas está utilizando a tecnologia ClickOnce da Microsoft, em uma campanha batizada de 'OneClik' por pesquisadores. A operação demonstra inovações preocupantes na metodologia de ataques, combinando serviços legítimos em nuvem com frameworks maliciosos de implantação de aplicativos.
O ClickOnce, tecnologia da Microsoft para implantação simplificada de softwares, tornou-se cúmplice involuntário nestes ataques. Criminosos cibernéticos estão abusando de sua funcionalidade para distribuir silenciosamente malwares em sistemas de empresas de petróleo e gás. A técnica burla medidas tradicionais de segurança ao se passar por atualizações legítimas de fontes confiáveis.
A cadeia de ataque começa com credenciais comprometidas ou e-mails de spear-phishing que direcionam vítimas para plataformas de armazenamento em nuvem hospedando aplicativos ClickOnce maliciosos. Quando executados, esses aplicativos utilizam os mecanismos de atualização automática do ClickOnce para baixar e instalar componentes maliciosos adicionais sem exigir interação do usuário.
O que torna a campanha OneClik particularmente perigosa é seu uso de:
- Infraestrutura legítima em nuvem (incluindo serviços da própria Microsoft) para hospedar payloads
- Certificados digitais de fornecedores comprometidos para assinar pacotes maliciosos
- Mecanismos de atualização silenciosa do ClickOnce para acesso persistente
Organizações do setor energético são aconselhadas a implementar:
- Políticas rígidas de controle de aplicativos
- Monitoramento reforçado de implantações ClickOnce
- Segmentação de rede para tecnologia operacional crítica
- Autenticação multifator para todos os serviços em nuvem
A campanha destaca as crescentes ameaças a sistemas de controle industrial e a necessidade de medidas de segurança especializadas em ambientes de infraestrutura crítica. A Microsoft foi notificada sobre o abuso do ClickOnce nestes ataques, mas nenhuma alteração imediata na tecnologia foi anunciada.
Comentarios 0
¡Únete a la conversación!
Los comentarios estarán disponibles próximamente.