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Dinamarca é o primeiro país da Europa a criar lei contra deepfakes e proteção de imagem

Imagen generada por IA para: Dinamarca lidera la primera ley integral de Europa sobre derechos de autor en deepfakes

A Dinamarca deu um passo decisivo na regulamentação de IA ao se tornar o primeiro país europeu a criar uma legislação específica contra deepfakes. A nova lei, que entra em vigor imediatamente, estabelece proteções legais contra o uso não autorizado de imagem ou voz em conteúdos gerados por inteligência artificial.

A legislação define deepfakes como qualquer conteúdo manipulado digitalmente que retrate de forma realista uma pessoa dizendo ou fazendo algo que não ocorreu, com ênfase especial em mídias sintéticas criadas por algoritmos de machine learning. A lei exige consentimento explícito e documentado dos indivíduos antes da criação desse tipo de conteúdo, com regras específicas para figuras públicas e usos comerciais.

Do ponto de vista da cibersegurança, a lei apresenta várias medidas importantes:

  1. Direito de Atribuição: Pessoas mantêm direitos autorais sobre seus dados biométricos, incluindo traços faciais e padrões vocais
  2. Mecanismos de Remoção: Plataformas que hospedam deepfakes devem implementar processos rápidos para remover conteúdo não autorizado
  3. Requisitos de Verificação: Criadores devem marcar conteúdos gerados por IA e manter registros comprovando consentimento
  4. Penalidades: Multas de até 5% do faturamento anual ou €500 mil para empresas, com possibilidade de processos criminais por uso malicioso

A Agência Dinamarquesa de Proteção de Dados ficará responsável pela fiscalização, trabalhando com unidades de cibersegurança para investigar violações. Notavelmente, a lei se aplica extraterritorialmente a qualquer deepfake que tenha como alvo cidadãos dinamarqueses, independente de onde foi produzido.

Especialistas em segurança cibernética elogiaram a especificidade técnica da lei, especialmente por reconhecer clones de voz como igualmente protegidos que deepfakes visuais. Porém, alguns questionam como será a fiscalização de conteúdos distribuídos por canais criptografados ou hospedados em jurisdições com leis conflitantes.

Esse avanço ocorre enquanto a tecnologia de deepfakes se torna cada vez mais sofisticada e acessível. Relatórios recentes mostram um aumento de 300% em incidentes maliciosos com deepfakes na Europa em 2023, principalmente em fraudes financeiras e campanhas de desinformação política. A abordagem proativa da Dinamarca pode pressionar outros países da UE a acelerar suas próprias regulamentações de IA.

A legislação também prevê usos legítimos da tecnologia deepfake em entretenimento e educação, criando um sistema de licenciamento para aplicações autorizadas. Produtoras de mídia precisarão registrar conteúdos sintéticos em um banco de dados nacional e informar aos consumidores sua natureza artificial.

Enquanto organizações em todo o mundo lidam com ameaças de segurança relacionadas a deepfakes, o marco legal dinamarquês oferece um modelo potencial para equilibrar inovação com proteção individual. O sucesso da lei pode depender de cooperação internacional, já que ameaças com deepfakes frequentemente ultrapassam fronteiras nacionais.

Fuente original: Ver Fontes Originais
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