O cenário da cibersegurança enfrenta uma nova onda de ataques sofisticados de phishing por voz (vishing), com dois incidentes de alto impacto esta semana expondo vulnerabilidades críticas nas defesas corporativas. A gigante de tecnologia Cisco e uma empresa imobiliária de luxo de Nova York perderam dados sensíveis e milhões em esquemas de engenharia social cuidadosamente planejados.
O vazamento da Cisco: Exploração de CRM
A Cisco confirmou que invasores comprometeram dados de clientes através de um sistema de Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM) terceirizado. Os criminosos usaram táticas de vishing para se passar por parceiros confiáveis, convencendo funcionários a fornecer credenciais de acesso. Segundo investigações internas, os atacantes acessaram:
- Informações de contato de clientes corporativos
- Detalhes de contratos de serviço
- Históricos de casos de suporte técnico
O mais alarmante é o aparente conhecimento dos protocolos de gestão de fornecedores da Cisco, sugerindo informações privilegiadas ou reconhecimento detalhado.
O golpe imobiliário de US$19 mi
Em um caso paralelo, a Milford Entities—empresa de imóveis de luxo em Manhattan—foi vítima de um golpe de vishing que desviou US$19 milhões durante uma transferência bancária rotineira. Os criminosos:
- Spoofearam o número do CEO
- Clonaram a voz usando IA
- Forneceram detalhes de transações conhecidos apenas pela equipe financeira
Táticas evoluídas de vishing
Especialistas identificam três tendências preocupantes:
- Bypass de verificação multicanal: Referenciam e-mails/reuniões reais para ganhar credibilidade
- Foco em CRMs: Atacam sistemas de clientes em vez de infraestrutura principal
- Impersonificação executiva: Usam dados vazados para simular solicitações de bônus
Medidas protetivas
Empresas devem adotar:
- Autenticação multifatorial para transações
- Biometria vocal em comunicações executivas
- Auditorias de segurança para CRMs terceirizados
- Treinamentos obrigatórios com simulações de vishing
Os casos da Cisco e Milford mostram que até programas robustos de cibersegurança podem falhar contra ataques de vishing psicologicamente sofisticados. À medida que criminosos refinam suas técnicas, organizações devem priorizar controles centrados no fator humano junto com defesas técnicas tradicionais.
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