As empresas familiares são a espinha dorsal de muitas economias, mas suas estruturas de governança únicas frequentemente criam brechas inesperadas na segurança cibernética. Diferentemente de corporações públicas com frameworks formais de compliance, negócios familiares costumam tomar decisões por canais informais, deixando proteções digitais críticas negligenciadas.
Casos recentes mostram como fragilidades na governança se traduzem em vulnerabilidades de segurança. Uma casa de repouso com falhas nos protocolos de segurança contra incêndios provavelmente tem lacunas similares na proteção de dados. Da mesma forma, empresas familiares envolvidas em atividades filantrópicas sem mecanismos adequados de supervisão podem expor dados financeiros ou de clientes através de parcerias mal avaliadas.
Os riscos cibernéticos surgem de vários desafios característicos de governança:
- Centralização de Decisões: Investimentos em segurança frequentemente exigem aprovação do conselho, mas em empresas familiares as decisões podem contornar canais formais onde reside a expertise em cibersegurança.
- Infraestrutura Obsoleta: Lideranças de longa data podem resistir a modernizar sistemas que 'sempre funcionaram', mantendo tecnologias ultrapassadas e vulneráveis.
- Controles de Acesso Informais: Membros da família e funcionários de confiança podem receber privilégios excessivos no sistema baseados em relacionamentos, não em necessidades reais.
- Riscos de Terceiros: Processos menos formais de gestão de fornecedores podem levar a parcerias inseguras com provedores de TI ou associados.
Para mitigar esses riscos sem abrir mão dos pontos fortes do negócio familiar, especialistas recomendam:
- Criar um conselho tecnológico familiar com membros da família e consultores externos em cibersegurança
- Implementar controles de acesso graduais que respeitem papéis familiares mas apliquem o princípio do menor privilégio
- Realizar treinamentos regulares de conscientização em segurança, adaptados aos riscos específicos do negócio
- Estabelecer comitês formais de governança para supervisionar projetos de transformação digital
À medida que empresas familiares digitalizam suas operações, fechar a lacuna entre governança e cibersegurança torna-se essencial para proteger tanto o negócio quanto o legado familiar.
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