O mercado de smartphones baratos está sob crescente escrutínio enquanto pesquisadores documentam a piora nas condições de segurança em dispositivos populares de baixo custo, incluindo modelos topo de linha com grandes descontos e aparelhos com resistência militar. Auditorias recentes mostram que mesmo dispositivos com hardware avançado - como o Xiaomi 14 com 60% de desconto no AliExpress ou modelos Realme resistentes a impactos militares - frequentemente apresentam falhas críticas de segurança.
As análises técnicas revelam três problemas sistêmicos:
- Versões desatualizadas do Android (normalmente 2+ versões atrasadas)
- Falta de correções críticas de segurança (4-7 meses de atraso em média)
- Políticas de fim de suporte curtas (12-18 meses)
'Não são apenas compromissos técnicos - vemos funções básicas de segurança como inicialização segura e criptografia mal implementadas para cortar custos', explica a pesquisadora Miriam Kowalski. Sua equipe descobriu que 78% dos smartphones 5G abaixo de R$2000 (incluindo os mais vendidos no Mercado Livre) falham em verificações básicas de segurança do Android.
Isso cria riscos particulares para empresas, onde funcionários usam esses aparelhos em políticas BYOD. 'Um smartphone de R$1500 com resistência militar mas vulnerabilidades não corrigidas no kernel é o sonho de qualquer ameaça corporativa', alerta Kowalski.
Fabricantes argumentam que limites de preço exigem esses compromissos, mas especialistas contra-argumentam que medidas básicas (como garantir 3 anos de atualizações) teriam custo mínimo enquanto reduzem drasticamente os riscos. Até mudanças ocorrerem, recomendam:
• Empresas: Exigir versões mínimas do Android/níveis de correção para BYOD
• Consumidores: Priorizar compromissos com atualizações sobre especificações
• Desenvolvedores: Assumir que todos dispositivos baratos estão comprometidos
Com vendas de dispositivos 5G baratos projetadas para crescer 300% em 2024, esta crise de segurança não mostra sinais de melhora sem intervenção da indústria.
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