Siemens e Microsoft se unem para reforçar segurança de IoT em prédios inteligentes

Em uma importante iniciativa para a segurança de infraestruturas críticas, Siemens e Microsoft firmaram uma parceria estratégica para enfrentar os crescentes desafios de cibersegurança em ecossistemas IoT de prédios inteligentes. A colaboração une a expertise da Siemens em sistemas de automação predial com a plataforma Azure e capacidades de IA da Microsoft para criar soluções mais seguras e interoperáveis.

Prédios inteligentes representam um segmento em rápida expansão da infraestrutura crítica, com dispositivos IoT controlando desde sistemas de climatização até segurança física. Porém, essa conectividade traz riscos significativos. Os últimos anos registraram um aumento nos ataques a sistemas de gestão predial, frequentemente através de dispositivos IoT vulneráveis.

A parceria Siemens-Microsoft foca em três áreas-chave de segurança:

1. Detecção unificada de ameaças usando ferramentas da Microsoft e expertise em tecnologia operacional da Siemens
2. Padronização de protocolos de comunicação entre sistemas prediais
3. Criptografia ponta-a-ponta para todas as comunicações de dispositivos IoT

A Microsoft integrará sua plataforma Azure Digital Twins com o sistema Building X da Siemens, permitindo monitoramento mais sofisticado e detecção de anomalias. A solução incorporará o Microsoft Defender for IoT para fornecer monitoramento contínuo de ameaças nas redes prediais.

'Esta parceria representa uma mudança de paradigma na segurança de prédios inteligentes', disse um porta-voz da Siemens. 'Combinando nossa expertise com as capacidades de nuvem e segurança da Microsoft, criamos uma infraestrutura fundamentalmente mais resiliente.'

A colaboração surge em meio a crescente pressão regulatória global por segurança em infraestruturas críticas. Tanto a CISA dos EUA quanto a União Europeia emitiram recentemente diretrizes específicas para segurança IoT em edifícios inteligentes.

Profissionais de segurança destacam que o foco em interoperabilidade é particularmente significativo. 'A maior vulnerabilidade em prédios inteligentes não são dispositivos individuais, mas como eles se conectam - ou falham em se conectar com segurança', comentou um analista de cibersegurança familiarizado com a iniciativa.

As primeiras implantações devem começar no primeiro trimestre de 2024, com integração total planejada para meados de 2025. A solução será direcionada especialmente a instalações governamentais, hospitais e campi corporativos onde a segurança predial é crítica.